quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A História dos Manicômios


 

Asilemadhouseasylumhospizio, são alguns dos nomes que denominam as instituições cujo fim é abrigar, recolher ou dar algum tipo de assistência aos "loucos". As denominações variam de acordo com os diferentes contextos históricos em que foram criados. O termo manicômio surge a partir do século XIX e designa mais especificamente o hospital psiquiátrico, já com a função de dar um atendimento médico sistemático e especializado.

A prática de retirar os doentes mentais do convívio social para colocá-los em um lugar específico surge em um determinado período histórico. Segundo Michel Foucault, em A história da loucura na idade clássica, ela tem origem na cultura árabe, datando o primeiro hospício conhecido do século VII.
Os primeiros hospícios europeus são criados no século XV, quando da ocupação árabe da Espanha. Na Itália eles datam do mesmo período, e surgem em Florença, Pádua e Bérgamo.

No século XVII os hospícios proliferam e abrigam juntamente os doentes mentais com marginalizados de outras espécies. O tratamento que essas pessoas recebiam nas instituições costumava ser desumano, sendo considerado pior do que o recebido nas prisões. Diversos depoimentos -- como o de Esquirol, um importante estudioso destas instituições no século XIX -- retratam este quadro:

"Eles são mais mal tratados que os criminosos; eu os vi nus, ou vestidos de trapos, estirados no chão, defendidos da umidade do pavimento apenas por um pouco de palha. Eu os vi privados de ar para respirar, de água para matar a sede, e das coisas indispensáveis à vida. Eu os vi entregues às mãos de verdadeiros carcereiros, abandonados à vigilância brutal destes. Eu os vi em ambientes estreitos, sujos, com falta de ar, de luz, acorrentados em lugares nos quais se hesitaria até em guardar bestas ferozes, que os governos, por luxo e com grandes despesas, mantêm nas capitais." (Esquirol, 1818, apud Ugolotti, 1949)

Influenciado pelos ideais do iluminismo e da Revolução Francesa,Philippe Pinel (1745-1826), diretor dos hospitais de Bicêtre e da Salpêtrière, foi um dos primeiros a libertar os pacientes dos manicômios das correntes, propiciando-lhes uma liberdade de movimentos por si só terapêutica.

 Desde que a questão dos "loucos" passa a ser um assunto médico-científico, surgem duas correntes diferentes de pensamento com relação ao trato dos pacientes e à origem de seus males. Uma crê no tratamento "moral", nas práticas psico-pedagógicas, nas terapias afetivas como mais importantes. Outra focaliza o tratamento físico, crendo ser a loucura um mal orgânico, fruto de uma lesão ou de um mal funcionamento encefálico. Para esta última, o ambiente dos manicômios, suas instalações, não são tão relevantes para o tratamento.

Mesmo após as reformas instituídas no século XIX por Pinel, um dos primeiros a aplicar uma "medicina manicomial", o tratamento dado ao interno do manicômio ainda era mais uma prática de tortura do que a uma prática médico-científica. Tanto a corrente organicista quanto aquela que acreditava no tratamento "moral", não dispensavam os tratamentos físicos. Nestes tratamentos buscava-se dar um "choque" no paciente, fazer com que passasse por uma sensação intensa, que o tirasse de seu estado de alienação.

Eram correntes as práticas de sangria, de isolamento em quartos escuros, de banhos de água fria, além dos aparelhos que faziam com que o paciente rodopiasse em macas ou cadeiras durante horas para que perdesse a consciência.

Através da história, alternam-se momentos em que predominam as correntes "morais" e organicistas para o tratamento dos doentes mentais dentro da ciência médica. Este último século foi marcado pelo aumento da contribuição das ciências humanas no sentido de entender a loucura como também uma categoria social, com diferentes sentidos em diferentes culturas e períodos históricos. A institucionalização, a exclusão do convívio social, também passa a ser entendida como uma prática histórica que, por si só, não significa o tratamento mais adequado para aqueles que entendemos como doentes mentais. Do mesmo modo como nasceu em um determinado período histórico, ela também pode acabar.

Fonte: http://www.comciencia.br/reportagens/manicom/manicom8.htm

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Como Surgiram as Prisões




Por volta de 525 a.C., os lavradores eram requisitados para construir as obras públicas e cultivar as terras do faraó, proprietário de toda a terra do Egito e toda a riqueza, que repousava no trabalho dos lavradores. Quem não conseguisse pagar os impostos ao faraó, em troca de construção de obras de irrigação e armazenamento de cereais, se tornava escravo.
Assim como no Egito, a Grécia, a Pérsia, a Babilônia, o ato de encarcerar, tinha como finalidade conter, manter sob custódia e tortura os que cometiam faltas, ou praticavam o que para a antiga civilização, fosse considerado delito ou crime.
As masmorras também serviam para abrigar presos provisoriamente.
Delitos considerados Crimes:- Estar endividado, não conseguir pagar os impostos, ser desobediente, ser estrangeiro e prisioneiro de guerra.
Na Idade Moderna, aproximadamente entre os séculos XVI e XVII, a Europa foi atingida de forma extensamente abrangente pela pobreza.
"Para que pudesse surgir à idéia da possibilidade de expiar o delito com um quantum de liberdade, abstratamente predeterminado, era necessário que todas as formas de riqueza fossem reduzidas à forma mais simples e abstrata do trabalho humano medido pelo tempo: portanto, num sistema sócio-econômico como o feudal, a pena-retribuição não estava em condições de encontrar na privação do tempo um equivalente do delito”.
Com o surgimento do capitalismo, constitui-se a pena por excelência do capitalismo industrial. Na sociedade feudal existia a prisão preventiva e a prisão por dívidas.
O alarmante estado de pobreza que se alastrou e afetou diversos Países, contribuíram para o aumento da criminalidade: os distúrbios religiosos, as guerras, as expedições militares, as devastações de países, a extensão dos núcleos urbanos, a crise das formas feudais e da economia agrícola, etc.
Foi então, que se iniciou um movimento de grande transcendência no desenvolvimento das penas privativas de liberdade, na criação e construção de prisões organizadas para a correção dos apenados.
Penas ou Punições:- privação dos bens socialmente considerados como valores: a vida, a integridade física e a perda de status, o equivalente do dano produzido pelo delito. 
Outras penas
: isolamento noturno, a impossibilidade de comunicação entre os detentos, os açoites, o desterro e a execução. 
Muito embora, diante do aumento da delinquência, a pena de morte deixou de ser uma solução sensata para aplicá-la como punição. 

Fonte: http://www.eunanet.net/beth/news/topicos/nasce_os_presidios.htm

domingo, 23 de dezembro de 2012

Qual a verdadeira origem do Natal?





Uma época muito bonita, cheia de luzes, Papai Noel presenteia aquela família exemplar, uma arvore de natal grande, toda enfeitada digna de uma linda foto com vários cartões desejando um natal cheio de benção paz e harmonia. Essa é a ideia do Natal, mas na verdade quais os significados, o que realmente representa e como surgiu toda esta celebração que não perde força ao passar dos anos? Já tinha visto algumas coisas antes, e peguei mais material,  abaixo segue algumas histórias interpretações. Não vou dizer que seria o correto, mas tendo em vista tudo que passou desde a idade média, temos uma noção básica de como tudo funcionava. E certamente cabe aos leitores seguir suas opiniões e defendê-las, tenham uma ótima leitura.


"De acordo com pesquisas, foi constatado que o natal não estava incluindo na igreja, os primeiros indícios são provenientes do Egito, estes costumes pagãos eram relacionados com a festa do Natal. O Natal só começou ser introduzido após o inicio da formação da Igreja Romana, somente no século 5 foi oficialmente ordenado que seguissem o Natal sempre como uma celebração cristã. O Natal prega que Jesus nasceu dia 25 de Dezembro o que é discordado acerca de várias pesquisas. A começar que na própria Bíblia não comenta a data exata em que Jesus nasceu entre outros fatores que não cheguei a pesquisar profundamente.
A guirlanda remonta costumes pagãos que adonava edifícios e lugares de adorações para celebrar as festividades em época de Natal, a arvore de Natal é anterior a era cristã.
O famoso Papai Noel, é uma lenda baseada em Nicolau, um velho bispo católico do seculo 5, achei interessante um artigo onde explica as cores da roupa do bom velhinho. As cores se deu a um cartunista que não me recordo o ano que pintou sua roupa de vermelho e branco devido a propaganda de um refrigerante,  adivinha qual? Coca Cola, sim, graças a propaganda as cores se mistificaram e hoje é o uniforme tradicional do bom velhinho. Se pesquisamos por toda internet teremos várias interpretações e uma serie de fatores que dão a entender o Natal de uma forma bem diferente, em muitos casos são citados textos bíblicos para quebrar de vez esta celebração que passa de geração em geração"



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Economia Baseada em Recursos, Vale a Pena?

Achei interessante este post abaixo, refere-se a troca do nosso sistema, que é sustentado por dinheiro, sendo a base os recursos para nosso sustento. Achei a ideia legal, mas uma serie de fatores que devem ser mudados, muito trabalho pela frente e concientização. Aí cabe a cada um ler e interpretar seus pesos e suas medidas. E você, o que acha da "ECONOMIA BASEADA EM RECURSOS"

 
  
 "O termo e o significado de Economia Baseada em Recursos foram criados por Jacque Fresco. É um sistema no qual bens e serviços estão disponíveis sem necessidade de dinheiro, crédito, trocas ou qualquer outro tipo de dívida ou servidão. Todos os recursos se tornam património comum a todos os habitantes, não apenas um grupo selecto. A premissa na qual este sistema se baseia é que a Terra é abundante, com inúmeros recursos; a nossa prática de racionar recursos através de métodos monetários é irrelevante e contra-producente para a nossa sobrevivência.
 A sociedade moderna tem acesso a uma tecnologia altamente avançada e pode disponibilizar comida, roupa, alojamento e cuidados médicos; actualizar o nossos sistema de ensino; e desenvolver uma oferta ilimitada de energia renovável e não-contaminante. Ao fornecer uma economia eficiente, todos podem desfrutar de um elevadíssimo nível de vida com todos os confortos de uma sociedade altamente tecnológica.
 Uma Economia Baseada em Recursos utilizaria recursos existentes na terra e no mar, equipamento físico, fábricas industriais, etc. para melhorar as vidas de toda a população. Numa Economia Baseada em Recursos e não em dinheiro, poderíamos facilmente satisfazer todas as necessidades da vida e fornecer um estilo de vida elevado a todos.
Considera os seguintes exemplos: no início da 2ª Guerra Mundial os EUA tinham apenas cerca de 600 aviões de combate de primeira classe. Rapidamente ultrapassamos esta escassez, construindo mais de 90,000 aviões por ano. A questão ao início da 2º Guerra Mundial era: temos fundos suficientes para produzir as ferramentas necessárias à guerra? A resposta era não, não tínhamos dinheiro suficiente, nem o ouro suficiente; mas tínhamos os recursos. Foram os recursos disponíveis que permitiram aos EUA atingir a alta produção e eficiência necessária para ganhar a guerra. Infelizmente isto só acontece em tempo de guerra.
Numa Economia Baseada em Recursos todos os recursos do globo são tratados como património comum a toda a população, e assim ultrapassa-se a necessidade das fronteiras artificiais que a separam as pessoas. Este é o imperativo unificador.
Temos de realçar que esta abordagem a uma governação global não tem nada em comum com os objectivos actuais de uma elite em formar um governo mundial controlado por ela e grandes corporações, tendo a vasta maioria da população mundial como sua subserviente. A nossa visão de globalização habilita a todas as pessoas no planeta para atingir o seu maior potencial, não para viver numa miserável subjugação a um corpo directivo de uma empresa.
As nossas propostas não só acrescentariam ao bem-estar das pessoas, mas forneceriam também a informação necessária que lhes permitiria participar em qualquer área de competência. A medida do sucesso iria basear-se no cumprimento das buscas individuais e não na aquisição de riqueza, propriedade e poder.
Presentemente, temos recursos materiais suficientes para providenciar um estilo de vida muito elevado a todos os habitantes da Terra. Só quando a população excede a capacidade de carga da terra é que surgem problemas como ganância, crime e violência. Ao ultrapassar a escassez, a maioria dos crime e até as prisões da sociedade actual deixariam de ser necessárias.
Uma Economia Baseada em Recursos tornaria possível utilizar a tecnologia para ultrapassar a escassez de recursos aplicando fontes de energia renováveis, computorizando e automatizando a produção e os inventários, projectando cidades seguras e energeticamente eficientes e sistemas de transporte avançados, providenciando cuidados médicos universais e educação mais relevante, e acima de tudo gerando um novo sistema de incentivos baseado em preocupações humanas e ambientais.
Muitas pessoas acreditam que existe demasiada tecnologia no mundo de hoje e que é a maior causa da poluição ambiental. Não é verdade. É o abuso e a má utilização da tecnologia que nos deve preocupar. Numa civilização mais humana, em vez das máquinas substituírem as pessoas, encurtariam o dia de trabalho, aumentariam a disponibilidade de bens e serviços e alargariam o tempo de férias. Se usarmos novas tecnologias para aumentar o nível de vida de todos, então a infusão de tecnologia de máquina deixaria de ser uma ameaça.
Uma economia global baseada em recursos também envolveria todos os esforços para desenvolver novas fontes de energia, limpas e renováveis: geotérmica, fusão controlada; solar; fotovoltaica; eólica, de ondas e marés; e até combustível dos oceanos. Seríamos capazes de finalmente ter energia em quantidades ilimitadas que poderiam impulsionar a civilização durante milhares de anos. Uma Economia Baseada em Recursos deve também comprometer-se em redesenhar as nossas cidades, os sistemas de transporte e fábricas industriais, tornando-as energéticamente eficientes, limpas e capazes de satisfazer as necessidades de todos de forma conveniente.
Que mais poderia uma Economia Baseada em Recursos ser? Tecnologia aplicada de forma inteligente e eficiente, poupa energia, reduz desperdício e proporciona mais tempo de lazer. Com inventários automáticos à escala mundial, podemos manter um equilíbrio entre produção e distribuição. Apenas alimentos nutritivos e saudáveis estariam disponíveis e a obsolescência planeada seria desnecessária e inexistente numa Economia Baseada em Recursos.
À medida que deixarmos de lado a necessidade de profissões baseadas no sistema monetário, como por exemplo, advogados, banqueiros, agentes de seguros, marketing e publicidade, vendedores e correctores de bolsa, uma quantidade considerável de desperdício seria eliminada. Quantidades enormes de energia seriam poupadas eliminando a duplicação de produtos competitivos como ferramentas, utensílios de comer, panelas e frigideiras e aspiradores. Escolher é bom. Mas em vez de centenas de fábricas diferentes e toda a papelada e pessoal necessário para produzir tais produtos, apenas seria preciso alguns de melhor qualidade para servir a população inteira. A única falha é a falta de criatividade e inteligência da nossa parte e dos nossos líderes eleitos para resolver os problemas. O recurso mais valioso e inexplorado da actualidade é a capacidade de invenção humana.
Com a eliminação de dívida, o medo de perder o emprego deixará de ser uma ameaça. Esta garantia, combinada com uma educação que nos ensinasse a relacionar-nos uns com os outros de forma mais significativa, poderia reduzir consideravelmente o stress mental e físico e deixar-nos livres para explorar e desenvolver as nossas capacidades.
Se o pensamento de eliminar o dinheiro ainda lhe incomoda, pensa nisto: se um grupo de pessoas com ouro, diamantes e dinheiro ficassem presas numa ilha onde não houvesse recursos como alimentos, ar e água limpos, a sua riqueza seria irrelevante para sobreviver. Apenas quando os recursos são escassos é que o dinheiro pode ser usado para controlar a sua distribuição. Ninguém poderia, por exemplo, vender o ar que respiramos ou a água abundante que corre montanha abaixo. Embora ar e água sejam valiosos, quando em abundância não podem ser vendidos.
O dinheiro só é importante numa sociedade quando determinados recursos de sobrevivência devem ser racionados e as pessoas aceitam dinheiro como meio de troca pelos recursos escassos. O dinheiro é uma convenção social, um acordo por assim dizer. Não é nem um recurso natural nem representa nenhum. Não é necessário à sobrevivência a menos que tenhamos sido condicionados a aceitá-lo como sendo."


Fonte: http://thevenusproject.com/pt/the-venus-project/resource-based-economy