terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Economia Baseada em Recursos, Vale a Pena?

Achei interessante este post abaixo, refere-se a troca do nosso sistema, que é sustentado por dinheiro, sendo a base os recursos para nosso sustento. Achei a ideia legal, mas uma serie de fatores que devem ser mudados, muito trabalho pela frente e concientização. Aí cabe a cada um ler e interpretar seus pesos e suas medidas. E você, o que acha da "ECONOMIA BASEADA EM RECURSOS"

 
  
 "O termo e o significado de Economia Baseada em Recursos foram criados por Jacque Fresco. É um sistema no qual bens e serviços estão disponíveis sem necessidade de dinheiro, crédito, trocas ou qualquer outro tipo de dívida ou servidão. Todos os recursos se tornam património comum a todos os habitantes, não apenas um grupo selecto. A premissa na qual este sistema se baseia é que a Terra é abundante, com inúmeros recursos; a nossa prática de racionar recursos através de métodos monetários é irrelevante e contra-producente para a nossa sobrevivência.
 A sociedade moderna tem acesso a uma tecnologia altamente avançada e pode disponibilizar comida, roupa, alojamento e cuidados médicos; actualizar o nossos sistema de ensino; e desenvolver uma oferta ilimitada de energia renovável e não-contaminante. Ao fornecer uma economia eficiente, todos podem desfrutar de um elevadíssimo nível de vida com todos os confortos de uma sociedade altamente tecnológica.
 Uma Economia Baseada em Recursos utilizaria recursos existentes na terra e no mar, equipamento físico, fábricas industriais, etc. para melhorar as vidas de toda a população. Numa Economia Baseada em Recursos e não em dinheiro, poderíamos facilmente satisfazer todas as necessidades da vida e fornecer um estilo de vida elevado a todos.
Considera os seguintes exemplos: no início da 2ª Guerra Mundial os EUA tinham apenas cerca de 600 aviões de combate de primeira classe. Rapidamente ultrapassamos esta escassez, construindo mais de 90,000 aviões por ano. A questão ao início da 2º Guerra Mundial era: temos fundos suficientes para produzir as ferramentas necessárias à guerra? A resposta era não, não tínhamos dinheiro suficiente, nem o ouro suficiente; mas tínhamos os recursos. Foram os recursos disponíveis que permitiram aos EUA atingir a alta produção e eficiência necessária para ganhar a guerra. Infelizmente isto só acontece em tempo de guerra.
Numa Economia Baseada em Recursos todos os recursos do globo são tratados como património comum a toda a população, e assim ultrapassa-se a necessidade das fronteiras artificiais que a separam as pessoas. Este é o imperativo unificador.
Temos de realçar que esta abordagem a uma governação global não tem nada em comum com os objectivos actuais de uma elite em formar um governo mundial controlado por ela e grandes corporações, tendo a vasta maioria da população mundial como sua subserviente. A nossa visão de globalização habilita a todas as pessoas no planeta para atingir o seu maior potencial, não para viver numa miserável subjugação a um corpo directivo de uma empresa.
As nossas propostas não só acrescentariam ao bem-estar das pessoas, mas forneceriam também a informação necessária que lhes permitiria participar em qualquer área de competência. A medida do sucesso iria basear-se no cumprimento das buscas individuais e não na aquisição de riqueza, propriedade e poder.
Presentemente, temos recursos materiais suficientes para providenciar um estilo de vida muito elevado a todos os habitantes da Terra. Só quando a população excede a capacidade de carga da terra é que surgem problemas como ganância, crime e violência. Ao ultrapassar a escassez, a maioria dos crime e até as prisões da sociedade actual deixariam de ser necessárias.
Uma Economia Baseada em Recursos tornaria possível utilizar a tecnologia para ultrapassar a escassez de recursos aplicando fontes de energia renováveis, computorizando e automatizando a produção e os inventários, projectando cidades seguras e energeticamente eficientes e sistemas de transporte avançados, providenciando cuidados médicos universais e educação mais relevante, e acima de tudo gerando um novo sistema de incentivos baseado em preocupações humanas e ambientais.
Muitas pessoas acreditam que existe demasiada tecnologia no mundo de hoje e que é a maior causa da poluição ambiental. Não é verdade. É o abuso e a má utilização da tecnologia que nos deve preocupar. Numa civilização mais humana, em vez das máquinas substituírem as pessoas, encurtariam o dia de trabalho, aumentariam a disponibilidade de bens e serviços e alargariam o tempo de férias. Se usarmos novas tecnologias para aumentar o nível de vida de todos, então a infusão de tecnologia de máquina deixaria de ser uma ameaça.
Uma economia global baseada em recursos também envolveria todos os esforços para desenvolver novas fontes de energia, limpas e renováveis: geotérmica, fusão controlada; solar; fotovoltaica; eólica, de ondas e marés; e até combustível dos oceanos. Seríamos capazes de finalmente ter energia em quantidades ilimitadas que poderiam impulsionar a civilização durante milhares de anos. Uma Economia Baseada em Recursos deve também comprometer-se em redesenhar as nossas cidades, os sistemas de transporte e fábricas industriais, tornando-as energéticamente eficientes, limpas e capazes de satisfazer as necessidades de todos de forma conveniente.
Que mais poderia uma Economia Baseada em Recursos ser? Tecnologia aplicada de forma inteligente e eficiente, poupa energia, reduz desperdício e proporciona mais tempo de lazer. Com inventários automáticos à escala mundial, podemos manter um equilíbrio entre produção e distribuição. Apenas alimentos nutritivos e saudáveis estariam disponíveis e a obsolescência planeada seria desnecessária e inexistente numa Economia Baseada em Recursos.
À medida que deixarmos de lado a necessidade de profissões baseadas no sistema monetário, como por exemplo, advogados, banqueiros, agentes de seguros, marketing e publicidade, vendedores e correctores de bolsa, uma quantidade considerável de desperdício seria eliminada. Quantidades enormes de energia seriam poupadas eliminando a duplicação de produtos competitivos como ferramentas, utensílios de comer, panelas e frigideiras e aspiradores. Escolher é bom. Mas em vez de centenas de fábricas diferentes e toda a papelada e pessoal necessário para produzir tais produtos, apenas seria preciso alguns de melhor qualidade para servir a população inteira. A única falha é a falta de criatividade e inteligência da nossa parte e dos nossos líderes eleitos para resolver os problemas. O recurso mais valioso e inexplorado da actualidade é a capacidade de invenção humana.
Com a eliminação de dívida, o medo de perder o emprego deixará de ser uma ameaça. Esta garantia, combinada com uma educação que nos ensinasse a relacionar-nos uns com os outros de forma mais significativa, poderia reduzir consideravelmente o stress mental e físico e deixar-nos livres para explorar e desenvolver as nossas capacidades.
Se o pensamento de eliminar o dinheiro ainda lhe incomoda, pensa nisto: se um grupo de pessoas com ouro, diamantes e dinheiro ficassem presas numa ilha onde não houvesse recursos como alimentos, ar e água limpos, a sua riqueza seria irrelevante para sobreviver. Apenas quando os recursos são escassos é que o dinheiro pode ser usado para controlar a sua distribuição. Ninguém poderia, por exemplo, vender o ar que respiramos ou a água abundante que corre montanha abaixo. Embora ar e água sejam valiosos, quando em abundância não podem ser vendidos.
O dinheiro só é importante numa sociedade quando determinados recursos de sobrevivência devem ser racionados e as pessoas aceitam dinheiro como meio de troca pelos recursos escassos. O dinheiro é uma convenção social, um acordo por assim dizer. Não é nem um recurso natural nem representa nenhum. Não é necessário à sobrevivência a menos que tenhamos sido condicionados a aceitá-lo como sendo."


Fonte: http://thevenusproject.com/pt/the-venus-project/resource-based-economy

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